Mais dia menos dia acabo sempre por perdoar as pessoas. Acabo por pôr as coisas um bocado para trás das costas. Perdoo, mas não esqueço, afinal sou humana.
Mas perdoo. Dou outra chance. Arrisco e tento ver no que dá. Se existe amizade porquê colocar tudo em risco!? Para mim os amigos o mais importante do mundo. Por isso sim, já perdoei coisas quase imperdoáveis. Já engoli o orgulho e ultrapassei rasteiras que me tinham pregado. Tudo porque para mim amigos são como irmãos. E aos irmãos perdoamos tudo, ou quase tudo.
Isto é quase um defeito crónico. Na altura fico zangada. Triste. Magoada. Digo para mim mesma que não deixo que me pisem novamente..Mas o que é certo é que rapidamente me esqueço destas promessas a mim mesma. Basta um sorriso. Uma palavra. Uma mensagem que me toque direitinha no coração...e derreto-me.
Eu sou assim... Se acho que está errado? Ás vezes sim, por deixar que abusem de mim.
Mas gosto de ser quem sou. Gosto de ser o tipo de pessoas que não guarda rancores. Que arrasta mágoas e raivas a vida toda...
Existem pessoas que são perdedoras por natureza. São fracas. Desistentes. Há quem desista de lutar à mínima dificuldade. Ao mínimo obstáculo. Desistem, se calhar, porque têm medo de arriscar. Porque têm medo de tentar e falharem. Se desistem à partida, como sabem se teriam sucesso. Como sabem como iria acabar? Se não aceitam a chance, o fim fica sempre em aberto, e com as reticencias vêm os "ses". SE eu tivesse tentado. SE eu tivesse feito. SE eu tivesse arriscado. Mas os "ses" não adiantam, porque não podemos voltar atrás... Então porque desistir? Porque parar de lutar? Se queremos uma coisa temos que correr atrás dela porque concerteza não nos vai cair no colo num qualquer serão no sofá. Se queremos realmente uma coisa não devemos virar-lhe costas. Não nos devemos recusar a ver o que está ali ao alcance da nossa mão...
Por isso se realmente desejamos uma coisa, devemos lutar por ela, lutar até que não existam mais forças em vez de simplesmente corrermos no sentido oposto. Fugir é para os cobardes. Quanto a mim, bom eu não quero ser cobarde..