Podia ser só amizade, paixão, carinho, admiração, respeito, ternura, tesão.. Com tantos sentimentos arrumados cuidadosamente na prateleira de cima, tinha que ser precisamente amor, meu Deus???
Podia ser só amizade, paixão, carinho, admiração, respeito, ternura, tesão.. Com tantos sentimentos arrumados cuidadosamente na prateleira de cima, tinha que ser precisamente amor, meu Deus???
Poucas são as pessoas que me conhecem verdadeiramente. Que sabem quando algo se passa comigo apenas com im olá (até quando esse olá é por mensagem...)
Poucas são as pessoas que sabem a maneira como gosto de abraçar. A forma exata como gosto que brinquem com o meu cabelo e quem pode faze-lo!
Poucas são as pessoas que conhecem as minhas obsessões com cheiros. E como gosto de ficar com o perfume de quem gosto colado à minha roupa.
Poucas são as pessoas que conhecem os meus traumas. Os medos. Que conhecem a história de cada cicatriz do meu corpo e da minha alma.
Poucas são as pessoas que me conhecem a fundo. Que sabem de todos os pormenores do lado mau. Que são brindados com as carateristicas boas.
Poucas são as pessoas que me conseguem definir corretamente, porque..por esta e aquela circunstancia da vida, eu não me doou a toda a genet!
São poucas sim..mas são essencias e isso é sem duvida o que importa!
Há amizades assim..passe o tempo que passar é como se estivessemos estado juntas apenas no dia anterior. A conversa continua a fluir. Os risos continuam a ser fáceis. As doidices fazem peritamente sentido..e voltamos a ser crianças.
É bom saber que temos aquelas que podemos chamar de amigas para a vida.. depois de todo este tempo tenho a certeza que aos 100 ainda vamos andar a aprontar pro ai..não sei, é uma sensação de alma...
Há alturas na vida em qua parece que perdemos o rumo. Parece que a nossa bússola interna se quebra e deixamos de saber para onde é o Norte.
Olhamo-nos ao espelho e não reconhecemos a imagem que ele nos devolve. Conversamos, rimos, gargalhamos, mas parece que estamos a viver a vida de um qualquer outro personagem. Deixamos de reconhecer as rotinas que eram tão nossas. Perde-se uma parte de nós. E um profundo sentimento de tristeza toma conta de tudo. É talvez nessa altura que temos que partir, por os pés à estrada e ir em buscar daquilo que ficou pelo caminho.
O tempo passa depressa é certo e sem dar-mos conta somos catapultados para a vida de adultos e somos obrigados a deixar para trás muitas das coisas que faziam de ‘nós’ aquilo que eramos. Perdemos um bocado aqui outro acolá e mais dia menos dia não sabemos mais quem somos. A entrada na vida adulta traz consigo uma serie de mudanças obrigatórias, não obriga contudo a perdermos a nossa essência. Terá sempre que existir tempo para as jantaradas com os amigos. Para os cafés intermináveis. Para as conversas noites dentro (as serias e as disparatadas). Para as aventuras rumo ao desconhecido. Para as idas à praia depois de uma noite bem passada. Para comer gomas e chupas e beber coca-cola com quilos de gelo e limão. Para rir até doer a barriga e ate para chorar naquele ombro que esteve sempre lá…
Terá sempre que existir tempo para essas pequenas coisas. Essas pequenas coisas que se tornam gigantes, na medida em que nos mantêm com os pés bem assentes na terra e nós fazem mais felizes.
E depois há aquelas tardes estupidamente banais que nos arrancam sorrisos tolos e aquecem cá dentro...