de repente.... já nos 20?!

Março 07 2011

 

É carnaval. Podemos falar de diferentes tipos de canarval, senão vejamos...

 Pelas ruas é ver os petises mascarados de ninjas, mini homens-aranhas, power rangers, abelhinhas, tigres, palhações e toda uma parefernália de figuras... Esse é o carnaval dos pequenos.. é o carnaval dos inocentes.. giros e quentinhos são os fatos deste pequenos seres.

Há depois o carnaval dos noctivagos que se começou a celebrar logo na quinta-feira à noite com o Canarval Académico que existe nas discotecas das cidades universitárias... mais uma desculpa para uma festa, para conhecer novas pessoas, para beber até cair..

Depois há o caraval fingido... é aquele que sai para a rua com as baterias a tocar, há brlhos, há glamour, há dança e animação...então porque é que é fingido?

Bem porque aquela cambada sai para a rua com os carros alegóricos cheios de raparigas semi nuas que fingem que sabem dançar bem samba, fingindo que está um calor infernal quando na verdade estão quase a ter uma sincope por hipotermia , mas desfilam para o povo que finge jubilar com um carnaval que fingimos já ser nosso..

Já me parece fingimento a mais..mas enfim estamos no carnaval e já se sabe, no carnaval ninguem leva a mal!

 

Mas com isto tudo parece que não gosto deste dia... e até lhe acho uma certa piada! Mas prefiro o carnaval trapalhão, aquele não ensaiado, onde cada um sai para a rua vestido com o que tem em casa, onde se canta, se pula e se vive verdadeiramente a alegria... e é isso mesmo que vou fazer hoje, sair para a rua mesmo com o diluvio que está lá fora e saltar, rir e brincar muito..aproveitar a vida!

 


Março 05 2011

Março 04 2011

 

 

Ela sempre fora bela e a boa relação com o espelho sempre foi evidente. Dona de 1.70 de curvas, de umas pernas torneadas que pareciam chegar ao pescoço, de uns cabelos cacheados negros e olhos imensamente verde e transparentes, era realmente daquelas mulheres que fazia parar o trânsito.

Ela sabia disso. Usava o seu poder como bem lhe apetecia, à hora que queria, para conseguir o que desejava. Bastava-lhe estalar os dedos e era ver cair a seus pés tudo o que desejava.

O corpo escultural era a sua arma de trabalho… O palco parecia adorá-la, era a sua casa, a sua vida! A cada pirueta, a cada grand-pliê o sorriso rasgava-se mais um pouco e ela ganhava anos de vida…  A cada salto, a cada arasbeque ela voava…voava e parecia chegar mais perto do céu, mais perto do sítio onde as estrelas, como ela, pertencem…

Quando dançava iluminava-se  de tal forma  que ofuscava tudo o que se encontrava à sua volta. Em pouco tempo ascendeu a prima-bailarina numa importante companhia de bailado, e viu concretizado o seu sonho de menina. Em palco e fora dele tinha tudo aquilo com que sempre havia sonhado e era feliz!

Uma lágrima precipitou-se rosto abaixo enquanto contemplava a fotografia! Sim…ela sempre fora bela!

Fora… já não é mais! Perto dos quarenta viu o seu sonho cair por terra quando lhe apontaram o dedo e disseram que já tinha idade demais para ser bailarina, aliás chamaram-lhe velha… aos poucos viu-se ser ultrapassada por bailarinas mais jovens, mais bonitas, mais magras…. Foi tomada pelo medo de deixar de dançar e perdeu o gosto e alma com que o fazia…Deixou-se definhar e aos poucos foi enlouquecendo… perdeu a sua “casa”, perdeu o rumo!

Entrou em depressão profunda e acabou mesmo por ter que abandonar o palco e foi talvez aí, que verdadeiramente ela morreu!

Passaram meses, anos  em que pura e simplesmente se isolou do mundo! Não saía, não falava... não vivia! Para ela dançar era a sua vida…se não dançava mais então não fazia sentido continuar a viver…

Os anos foram-se sucedendo e sua depressão foi-se arrastando cada vez para um nível mais profundo e ao chegar aos sessenta a demência já não permitia que vivesse sozinha e foi atirada para um lar.

Sim ela sempre fora bela… hoje não passava de um amontoado de ossos e peles encarquilhadas.

                Outra lágrima escorregou … era dura a realidade, pelo menos nos escassos momentos em que realmente se apercebia dela, nos poucos momentos em que existia alguma lucidez na sua mente.

Um dia teve tudo, hoje apenas memórias, quando o seu cérebro lhe permite revive-las. Se um dia foi uma grande estrela hoje não passa da promessa daquilo que poderia ter ainda conseguido  alcançar. Hoje não passa de uma velha atirada a um lar, a quem o Alzheimer e as depressões sucessivas roubaram tudo, incluindo a identidade. Hoje não passa de um nome chamado uma ou outra vez quando a tentam trazer de volta a realidade


Março 02 2011

Fevereiro 16 2011

Tenho saudades das novas conversas. De falar sobre tudo. De falar sobre nada.

Tenho saudades dos nossos passeios. Das caminhadas pelas ruas desta cidade. Dos percursos de mãos dadas feitos uma e outra vez.

Tenho saudades daquela tarde de chuva. Dos desejos que foram lançados ao vento.

Tenho saudades das gargalhadas. Dos risos e das maluqueiras.

Tenho saudades do passado... aquele passado que vivi contigo! Saudades dos momentos bons e felizes...

Mas sabes uma coisa?? Ao pensar em tudo já não fico triste...sorrio. Sorrio porque foi uma fase muito feliz da minha vida.

Sorrio e agradeço por ter o privégio de te continuar a ter na minha vida (ainda que só como amigo). 


desabafos, comentarios, disparos e caturreiras..enfim, pedaços de vida de uma miuda de 20 anos a quem nunca NADA, mas mesmo nada corre como o planeado...
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