Amo como ama o amor. Não conheço nenhuma outra razão para amar senão amar. Que queres que te diga, além de que te amo, se o que quero dizer-te é que te amo? (Fernando Pessoa)
Acho que um amor verdadeiro não tem necessariamente que durar uma vida inteira. Esta ou aquela condicionante. Este ou aquele acontecimento podem, eventualmente , conduzir a uma separação. Talvez estes, os amores contrariados, acabem por ser os mais fortes. Os mais marcantes. Os que se tornam inesquecíveis.
Já amei e fui amada. Já sofri e já fiz sofrer. Já fiz loucuras por quem amava e já fizeram loucuras por mim. Mas foi um. Apenas um que conseguiu tocar fundo na essência da minha alma e ficou gravado em mim. Um amor doce. Louco. Puro.
Todos nós carregamos connosco alguma bagagem emocional. Aquela "tralha" que só nos atrevemos a lembrar, quando estamos no escuro, com a cara na almofada e ninguém nos pode ver chorar. Não importa quanto tempo passe. Quantas coisas boas, talvez melhores, aconteçam… .algumas coisas pura e simplesmente permanecem. Alguns amores permanecem sempre, talvez por uma vida…mesmo que já não se esteja com a pessoa. Ficará sempre a ternura. A história, as emoções, as recordações dos tempos felizes. Casos há em que permanece mesmo o amor e temos que aprender a viver com ele, bem dentro de nós pelo resto da nossa vida..
E não digo que isto seja obsessão ou qualquer espécie de doença mental… é amor, e isso por si só já diz muita coisa..
Então que venha de mansinho ou de repente. Que invada. Que enlouqueça. Que transcenda. E fundamentalmente que permaneça...