Na vida, sobretudo na adolescência, coleccionamos decisões erradas. Desvios de caminho. Pequenos delitos que na altura nos sabem pela vida. Achamos fazer o que é certo, porque claro, adolescente que é adolescente tem sempre razão. Muitas vezes batemos com a cabeça. Estampamo-nos com toda a força. Caímos. Magoamo-nos. Levantamo-nos e aprendemos. Pode dizer-se que crescemos. Sim crescemos e tentamos não cometer os mesmos erros. Não repetir as mesmas asneiras. Mas a verdade é que uns anos mais tarde, quando olhamos para trás, são as histórias que envolvem as más decisões que nos fazem sorrir. São essas que ainda nos arrancam um sorriso. Que nos fazem sentir novamente o gosto de rebeldia.

São as más decisões, muitas vezes, que dão aquelas histórias fantásticas para partilhar com os amigos...foram erradas sim, mas de forma ou de outra marcaram-nos. Fazem parte daquilo que somos.

Há dias disseram-me que as más decisões são as que dão as melhores histórias. As mais deliciosas. Acho que estou de acordo!

Então porque não desfrutar da paisagem? Porque não apreciar cada flor. Deixar que o cheiro a mar nos invada a alma. Porque não aproveitar os pequenos momentos. Sem stresses do passado. Sem medos do futuro.

Porque não amar mais. Beijar mais. Abraçar mais. Dizer mais vezes um sincero"amo-te". Porque não viver a vida saboreando as pequenas coisas. Porque não ver beleza nos detalhes. Nos pormenores.

A vida é uma viagem..às vezes enjoamos nas curvas, outras vezes parecemos ficar aborrecidos com as rectas enormes onde parece que nada de novo vai acontecer. Mas cabe-nos a nós chegar ao fim da viagem e achar que valeu a pena. Que ouvimos boa musica, que cantámos, que rimos, que tirámos fotografias, que criámos laços e reforçámos outros..é bom chegar ao final de viagem satisfeitos connosco próprios..porque esta é daquelas viagem únicas. Irrepetíveis. Inigualáveis.

Se a vida é uma viagem, porque não, simplesmente desfrutar da paisagem??

Existem pessoas que são perdedoras por natureza. São fracas. Desistentes. Há quem desista de lutar à mínima dificuldade. Ao mínimo obstáculo. Desistem, se calhar, porque têm medo de arriscar. Porque têm medo de tentar e falharem. Se desistem à partida, como sabem se teriam sucesso. Como sabem como iria acabar? Se não aceitam a chance, o fim fica sempre em aberto, e com as reticencias vêm os "ses". SE eu tivesse tentado. SE eu tivesse feito. SE eu tivesse arriscado. Mas os "ses" não adiantam, porque não podemos voltar atrás... Então porque desistir? Porque parar de lutar? Se queremos uma coisa temos que correr atrás dela porque concerteza não nos vai cair no colo num qualquer serão no sofá. Se queremos realmente uma coisa não devemos virar-lhe costas. Não nos devemos recusar a ver o que está ali ao alcance da nossa mão...

Por isso se realmente desejamos uma coisa, devemos lutar por ela, lutar até que não existam mais forças em vez de simplesmente corrermos no sentido oposto. Fugir é para os cobardes. Quanto a mim, bom eu não quero ser cobarde..